:: nasci em 84 e quarentei junto com a carreira da diva. nunca fui uma fã assídua, embora gostasse das suas músicas mais antigas. cheguei até a assistir um show mas nada tinha me impactado como este que aconteceu no Rio de Janeiro.
pela primeira vez, compreendi à fundo a raiz do frisson. entendi porque ela segue ganhando fãs tão diversos e apaixonados. Madonna exala coragem, entrega, ensina e, acima de tudo, representa causas e comunica mensagens importantes através da sua arte e força de marca.
ela não cantou? não dançou? envelheceu? juro que ouvi isso. gente, ela fez o maior show da carreira - e da história do Rio de Janeiro - aos 65 anos, com saúde e um físico que deixa nós mortais no chinelo! só não entendeu ou se ofendeu quem não queria ou não estava preparado, mas o fato é que ela deu aula! conseguiu mostrar que a fonte de onde a maioria das divas bebeu está longe de secar e se manteve disruptiva, provocadora e questionadora. sim, ela quer polemizar, ela quer sacudir o tapete, ver a poeira adentrar as narinas e fazer coçar as mentes mais fechadas.
essa é a sua marca e ela segue consistente em ritmo empoderado de uma mulher inspiradora, corajosa, mãe de 6 e rainha de milhões. não à toa, é a Madonna.
vou te contar os pilares de aprendizados que podemos levar:
Consistência: há 40 anos, Madonna se mantém contemporânea, empoderada, pop, polêmica, engajada, vanguardista e hot. beeeem hot!
Direções essenciais: Madonna deixa seu propósito, valores e visão claros e a participação dos seus filhos no espetáculo reforça isso.
Identidade: o show narrou a carreira da cantora, que contracenava com ela mesma mais jovem, e direcionava o olhar para o que era realmente essencial - nada sobrava e nada faltava - mostrando maturidade no domínio das artes envolvidas, como figurino, cenografia, e iluminação, executando uma performance que não queria “distrair” o público do que mais importava.
Público: seu público absolutamente diverso, devoto e cheio de energia superou um dos maiores eventos do mundo, e do Brasil, o Reveillon em Copacabana!
Ideologia: a emoção - e comoção - que Madonna gera representando pautas como: LGBTQIAPN+, racismo, religião, etarismo, política, feminismo e sexualidade, fortalece a conexão que tem com o seu público e reforça sua ideologia e força de marca.
Stroytelling: durante o show, Madonna soube contar a história da sua carreira, que não apenas reforçava seu DNA ao longo de 4 décadas, mas também engajava a audiência em momentos de suspense e nostalgia.
Conexão genuína: antenada à cultura e história dos países por onde passou, ressignificou a bandeira do Brasil e dividiu palco com Anitta e Pablo Vittar, artistas também engajados em causas semelhantes, criando um co-branding entre eles.
Entrega: a começar pela iniciativa do Rio de Janeiro em contratá-la, é fato que Madonna causa desejo no seu público e emprestou sua imagem e DNA para reforçar marcas que foram de cerveja à banco.
agora, me conta: o que mais percebeu no último show da turnê no Rio de Janeiro da Madonna?
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